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2º — Nissan Juke (1ª geração ~2010–2019)

Contexto
O Juke inaugurou estilo no segmento e vendeu muito. Na outra ponta, concentrou queixas que ficaram famosas em fóruns britânicos.
Especificações típicas
- Gasolina 1.2/1.6 DIG-T; Diesel 1.5 dCi
- Manual ou CVT; consumo condizente com o porte
Falhas recorrentes
Nas unidades CVT, surgem ruídos, trepidações, aquecimento e perda de tração sob carga, às vezes culminando em substituição completa. Em motores DIG-T, aparecem incidentes de wastegate/turbo, vazamento de óleo na admissão e sensores de pressão problemáticos. Há também queixas de elétrica/ignição (bobinas/velas/sensores), ar-condicionado e MAF, além de episódios de bomba de combustível que imobilizam o carro.
Com quilometragens acima de ~160 mil km, a frequência de falhas tende a crescer. Houve recalls pontuais (airbag, módulos, ignição), reforçando a imagem de atenção redobrada na compra.
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1º — BMW i8 (híbrido plug-in)

Contexto
Mesmo sendo nichado e raro nas ruas, o i8 ocupa o topo dos rankings de baixa confiabilidade em faixas de 3 a 10 anos por um motivo simples: cada intervenção custa caro e as panes eletrificadas são complexas.
Especificações típicas
- Conjunto híbrido com 1.5 3-cil. turbo + motores elétricos
- ~362 hp combinados, tração integral e 0–100 km/h em ~4,4 s
- Autonomia elétrica modesta; consumo homologado baixíssimo em uso híbrido
Por que dá dor de cabeça
O sistema de alta tensão envolve inversores, conversores DC-DC, módulos de bateria e controle térmico. Falhas nesses componentes elevam o orçamento a quatro (ou cinco) dígitos com facilidade. Softwares que governam modos de condução e assistências também já ocasionaram comportamentos anômalos após atualização. Soma-se a isso a disponibilidade de peças: por ser um esportivo de nicho, certos módulos levam semanas para chegar, mantendo o carro parado.
Não é um carro “frágil” no sentido tradicional, mas um produto sofisticado cuja complexidade amplia o risco financeiro por pane.
Conclusão
A leitura deste ranking deixa clara uma tendência do mercado atual: eletrônica abundante, transmissões complexas e soluções de eficiência (downsizing, DPF, correias banhadas a óleo, híbridos) trouxeram ganhos de consumo e desempenho, mas multiplicaram potenciais pontos de falha quando a manutenção sai do trilho ou o uso é muito urbano.
Para o consumidor britânico — e para quem compra usado importado — a recomendação é objetiva:
- Histórico manda no jogo. Exija notas de serviço, trocas de fluido de transmissão no prazo e evidências de intervenções críticas (correias, bombas, atualizações).
- Teste longo e variado. Replique a vida real: trânsito, rampas, manobras, estrada. Quase todo vício aparece em 30–40 minutos.
- Scanner é aliado. Leitura de códigos pendentes e parâmetros ao vivo evita surpresas e ajuda a negociar preço.
- Garantia estendida pode valer ouro. Em modelos com incidência alta de panes caras (câmbio automatizado, eletrônica de assistência, híbridos), uma boa apólice reduz o risco de “conta traumática”.
Em resumo: conhecer os pontos fracos específicos de cada modelo e adotar manutenção preventiva transforma “vilões da oficina” em companheiros confiáveis — e ainda melhora o poder de negociação ao escolher o seu próximo carro.